Disciplina - detalhe

LCF5763 - Propriedades, Processamento Mecânico e Estruturas de Madeira


Carga Horária

Teórica
por semana
Prática
por semana
Créditos
Duração
Total
2
2
8
15 semanas
120 horas

Docentes responsáveis
José Nivaldo Garcia

Objetivo
Possibilitar ao aluno o conhecimento básico e indispensável da teoria básica das estruturas para que ele possa entender os fundamentos dos ensaios de determinação das diferentes propriedades físicas e mecânicas da madeira, os quais podem ser realizados em laboratório ou "in loco". Quantificar a variabilidade natural das propriedades básicas da madeira dentro de populações florestais e a introduzida pelas estratégias de produção de madeira serrada e atuar, dentro de critérios probabilísticos, na quantificação da segurança no uso estrutural da madeira.
Fornecer aos alunos as ferramentas necessárias para compreender os fundamentos da conversão de árvores em madeira serrada, as implicações das diferentes estratégias de corte e as influências das características naturais das toras no rendimento do processo e na qualidade do produto final.
Treinar o aluno no cálculo e produção de MLC, CLT, Viga I, Vigas compostas, Pórticos planos e Treliças planas.

Conteúdo
1. Propriedades físicas e características da madeira: Umidade, densidade, porosidade, permeabilidade, variação dimensional;
2. Discriminação das características em favor da qualificação da madeira e das características em favor da desqualificação da madeira, interrelações entre as propriedades físicas, madeira juvenil, nós, rachaduras e empenamentos;
3. Propriedades mecânicas da madeira: Tensão no limite de (TLd) resistência à compressão paralela, TLd resistência à compressão normal, TLd resistência à flexão estática, TLd resistência à tração paralela, TLd resistência à tração normal, TLd de resistência ao fendilhamento, Limite de (Ld) proporcionalidade na compressão paralela, Ld proporcionalidade na compressão normal, Ld proporcionalidade na tração paralela, Ld proporcionalidade na tração normal, TLd resistência ao cisalhamento, dureza Janka, resistência à abrasão, resistência ao choque, matriz de constantes elasticas na tração e compressão, interrelações entre as propriedades mecânicas;
4. Comparações com outros Materiais: Concreto, aço, ferro, alumínio, plástico, bambu;
5. Interrelações entre as propriedades físicas e mecânicas da madeira;
6. Cálculo de estruturas isostáticas e hiperestáticas de madeira: pela resistência dos materiais, método matricial e Princípio dos trabalhos Virtuais (PTV);
7. A variabilidade das propriedades físicas e mecânicas da madeira e a segurança das estruturas: resistências características, cálculo pelo método semi-probabilístico;
8. Ligações de peças de madeira roliça ou serrada: pregos, parafusos, conectores metálicos, anéis metálicos, pinos, adesivos, cavilhas e tarugos;
9. Distribuição da tensão de flexão ao longo da altura da viga: linear, não linear;
10. Tensões e deformações de crescimento em árvores: tensões e deformações periféricas, distribuição ao longo do raio e da altura do fuste, deslocamentos nas peças de madeira serrada durante e após o desdobro;
11. Produtos engenheirados de madeira: tipos e características, colagem da madeira, tipos de adesivos, características da madeira que afetam a colagem, Glued Laminated Timber (Glulam), Cross Laminated Timber (CLT), Laminated Veneer Lumber (LVL), Edge Glued Panel (EGP), protensão em vigas de madeira, casas de madeira e cosntruções em geral;
12. A engenharia da madeira e o melhoramento genético: Ganhos nas propriedades, ganhos na estrutura;
13. Projetos de serraria e de indústrias integradas: desdobro radial, desdobro tengencial, desdobro tangencial balanceado, layouts de serrarias e de indústrias integradas;
14. Usos de madeiras plantadas (Pinus, Eucalyptus, Teca, Cunninghamia, outras) e madeiras preciosas, o caso de viga laminada colada tradicional envelopada por madeiras de aparência;
15. Uso da IA (Chat GPT, Gemini, Copilot, Claude, Bardeen, Deep Seek, Gamma, outros,) na preparação de projetos, apresentações (conferências, aulas, palestras), relatórios técnicos, textos acadêmicos e artigos científicos.

Bibliografia
AFNOR. - Methodes d`essais genérales NFB 51. Paris. 1966.
ARCHER, R. R. Growth stresses and strains in trees. Berlin, Springer, 1986. 240p.
ASTM. - Standard method of testing small clear specimens of timber D 142 - 52. Philadelphia. 1982. p. 59 - 166.
BOUVET, J. M. Effect of spacing on juvenile growth and variabilyt of Eucalyptus clones. Canadian Journal of Forest Research, v. 27, p. 174-179, 1997.
POLANCO, C. A. Variación en la clasificación visual de madera aserrada y su impacto en la fabricación, comportamiento mecánico y estabilidad lateral en MLE de Campnosperma panamense Standl. y Acacia mangium Willd. 2019. Tese (Doutor em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
ABRANTES, C. A. Determinação do momento fletor último no regime linear elástico em vigas de madeira laminada colada. 2012. Tese (Doutor em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
BSI. - Methodes of testing small clear specimens of timber B 5313 London. 1975. DESCH, H. E. Timber its structure and properties. New York, 5 ed. St. Martin. 1973. 424 p.
DIN - Bestimmung der wuchseigenschaften von nadelschnsttholz - DIN 52181. Berlin. 1975.
DIN - Prufung von holtz - bestimmung des feuchtigkeitsgehaltes - DIN 52184. Berlin. 1952.
DIN - Prufung von holz - schlaglregeversuch bestimmung der bruchschlagarbeit DIN 52189. Berlin. 1981.
DIN - Prufung von holtz zugversuch DIN 52188. Berlin. 1952.
GARCIA, J. N. Estado de tensão em árvores e de deformação em peças de madeira serrada. São Paulo, 1992. 243 p. (Tese – Doutorado EPUSP-BR).
GARCIA, J. N. Técnicas de desdobro de eucalipto. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE UTILIZAÇÃO DA MADEIRA DE EUCALIPTO PARA SERRARIA, São Paulo, 1995. Anais. Piracicaba: IPEF/IPT, 1995, p. 59-67.
GARCIA, J. N. An alternative sawmill plant to improve Eucalyptus lumber quality. Vancouver: University of British Columbia, 1997. V.2, p. 865-874. International Wood Machining Seminar, 13, Vancouver, 1997.
HILLIS, W. E. & BROWN, A. G. Eucalyptus for wood production. Melbourne, 2 ed. CSIRO. 1984. 433 p.
KARLSEN, G. Wooden structures. Moscow, 6 ed. Mir Publishers. 1967. 638 p.
KOLLMANN, F. F. P. & CÔTÉ Jr., W. A. Principles of wood science and technology. New York, Heidelberg. vl. 1968. 592 p.
KUBLER, H. Growth stresses in trees and related wood properties. FOREST PRODUCTS ABSTRACTS, 10(3): 61-119, 1987.
MALAN, F. S. Studies on the phenotypic variation in growth - stress intensity and its associations with tree and wood properties of South African grown Eucalyptus grandis. Stellenbosch, 1984 (Tese - Doutorado). 258 p.
MALAN, F.S.; HOON, M. Effect of initial spacing and thinning on some wood properties of Eucaliptus grandis. South African Forestry Journal, v. 163. p. 13-20, 1992.
MALAN, F.S. Eucalyptus improvement for lumber production. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE UTILIZAÇÃO DA MADEIRA DE EUCALIPTO PARA SERRARIA, São Paulo, 1995. Anais. Piracicaba: IPEF/IPT, 1995. p. 1-19.
MATTHECK, C.; KUBLER, H. Wood: the internal optimization of trees. Berlin: Springer Verlag, 1995. 129p.
PANSHIN, A. J. et alii. Forest products their sources, production, and utilization. New York, 2 ed.
Mcgrawn - Hill. 1962.538 p.
PANSHIN, A. J. & ZEEUW, C. de. Textbook of wood technology. New York, 3 ed. McGrawn - Hill. vl. 1970. 705 p.
PFEIL, W. Estruturas de madeira: dimensionamento segundo as normas brasileiras NB 11 e os modernos critérios das normas alemãs e americanas. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos. 1978. 253 p.
POLGE, H. Utilisation des spectres de diffraction des rayons X pour les études de qualité du bois. Nancy, 1966 (Tese - Doutorado - UN/Fr.). 215 p.
POST, I. L. An investigation of the longitudinal growth stresses in Trees. New York, 1979 (Tese - Doutorado - SUNY/USA). 108 p.
Schacht, L. & Garcia, J. N. Variação entre e intra clones nas rachaduras de topo em Eucalyptus urophylla S. T. Blake. Colombo: EMBRAPA, 1997. V. 3, p. 401-404. IUFRO. Conference on Silvilculture and Improvement of Eucalyptus, Salvador, 1997.
Schacht, L. & Garcia, J. N. Variação genética de indicadores de tensões de crescimento em clones de Eucalyptus urophylla. Colombo: EMBRAPA, 1997. V. 3, p. 405-410. IUFRO. Conference on Silvilculture and Improvement of Eucalyptus, Salvador, 1997.
TIMOSHENKO, S. Mecânica técnica. Rio de Janeiro, 3 ed. Livros Técnicos e Científicos. 1979. vl.
TIMOSHENKO, S. Resistência dos materiais. Rio de Janeiro, livros Técnicos e Científicos. 1979. 2v.
TIMOSHENKO, S. & GOODIER, J. N. Teoria da elasticidade. Rio de Janeiro, Guanabara. 1980. 545 p.
WALLIS, N. K. Australian timber handbook. Sydney, Halstead. 1963. 391 p.
WILKINS, A. P.; KITAHARA, R. Silvicultural treatments and associated growth rates, growth strains and wood properties in 12.5-year-old Eucalyptus grandis. Australian Forestry, V. 54, n.1/2, p.99-104, 1991.
Forest Products Laboratory. 2021. Wood handbook—wood as an engineering material. General Technical Report FPL-GTR-282. Madison, WI: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products Laboratory. 543 p
Journals: Australian Forestry, Australian Forestry Industry Journal, Australian Journal of Applied Science, Australian Journal of Scientific Research. Canadian Journal of Forest Research, Forest Products Journal Forest Science, Holz Alz Roh - Und Werkstoff, Holzforschung, Scientia Forestalis, IUFRO Proceedings, South African Forestry Journal, Wood and Fiber Science, Wood Science and Technology, outros.
Moore, J.R., Cown, D.J. Corewood (Juvenile Wood) and its Impact on wood utilisation. Curr Forestry Rep 3, 107–118 (2017). https://doi.org/10.1007/s40725-017-0055-2.
Zobel, B.J., Sprague, J.R. (1998). General concepts of juvenile wood. In: Juvenile Wood in Forest Trees. Springer Series in Wood Science. Springer, Berlin, Heidelberg. https://doi.org/10.1007/978-3-642-72126-7_1.
Balboni, B. M., Wessels, C. B., & Garcia, J. N. (2021). A length-independent index for timber bow and spring validated on Eucalyptus grandis. Wood Material Science & Engineering, 18(1), 201–211. https://doi.org/10.1080/17480272.2021.2010802.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR7190: 2022 – Part 1: Design of Timber Structures
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR7190: 2022 Timber Structures - Part 2: Test Method; Structural timber. Grading. Requirements for visual and mechanical grading standards
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR7190: 2022 Timber Structures – Part 3: Test Method for clear samples.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR7190: 2022 Part 4: Design of Timber
Structures –Test Method - Structural timber. Strength classes.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR7190: 2022 Timber Structures – Part 5: Test Method for structural timber. Grading. Requirements for mechanical connections.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR7190: 2022 Timber Structures – Part 6: Test Method Structural Glulam members. Requirements delamination, shear glue line.
Gril, J., Jullien, D., Bardet, S. et al. Tree growth stress and related problems. J Wood Sci 63, 411–432 (2017). https://doi.org/10.1007/s10086-017-1639-y.
CEN. 2018. Timber structures – Cross laminated timber – Requirements. EN 16351.